Identidades cultural pós modernismo
O objetivo desta pesquisa é estudar a influência da indústria cultural na desconstrução da identidade do homem pós-moderno, pela cultura de massas. Mesmo sendo um assunto complexo conforme argumenta Alain Hesrcovici:
``... não é possível falar, objetivamente, em identidade cultural numa coletividade dividida em classes sociais, seja ela local ou nacional. A cultura não pode ser concebida como um processo social homogeneizador que permitiria abranger a totalidade da coletividade; o jogo de exclusão não permite definir elementos simbólicos comuns à totalidade dos membros da sociedade''. (HESRCOVICI, 2001,14)
Entretanto, apesar de estudiosos como Hesrcovici não aceitarem que se possa ter objetividade quando o assunto é falar da crise de identidade cultural do homem pós-moderno, devido às barreiras sociais existentes em cada nação, deve-se levar em conta que, apesar de qualquer diferença social que possa existir, a indústria cultural trabalha exatamente para derrubá-las, pois ela usa de meios para convencer o homem de que ele pode se tornar um olimpiano2, se conseguir atingir o mesmo ``level''3, que os membros das classes mais abastadas da sociedade.
Nesta reformulação de valores proposta pela indústria cultural, as culturas de massas e os símbolos antes restritos somente aos guetos são reintroduzidos na sociedade com novos apelos para o consumo da massa. Ao transformar esses símbolos, ela oferece aos seus antigos detentores a oportunidade de inserir-se no mundo globalizado.
Mas, apesar da revalorização dos seus símbolos e por conseqüência, de sua cultura, o homem pós-moderno não se reconhece mais nesta atual identidade, que esta sendo oferecida pela sociedade contemporânea, pois ele vive os conflitos de ter sua identidade fragmentada, desde do seu nascimento até sua morte. E para tentar reverter essa situação, ele busca, mesmo inconscientemente seus antigos valores culturais, em uma tentativa de firmar o seu ``EU'' social e satisfazer suas necessidades