“IDENTIDADE E MULHER NO SERVIÇO SOCIAL”
Sonia Maria Rocha Heckert
O tema identidade no Serviço Social aparece em várias obras, há uma série de dados e pensamentos dispersos na literatura das Ciências Sociais, levantando a problemática da identidade feminina na profissão. Neste trabalho se privilegia uma análise em que a identidade, no Serviço Social, se constrói enquanto uma profissão feminina. O objetivo do artigo é estabelecer as bases iniciais para estudos mais detalhados posteriormente.
1. Repensando identidade profissional
O estudo sobre a identidade do Serviço Social requer o esclarecimento de questões como: o que é identidade profissional? Qual a concepção da categoria “identidade” assumida nesta pesquisa?
A identidade profissional, no âmbito deste estudo, é pensada como categoria política e sócio-histórica; é entendida como um conjunto de elementos históricos e características culturais que, ao se relacionarem de uma maneira singular, conferem um modo de agir profissional que se expressa através das representações e do exercício dos profissionais, identificando-os na sociedade.
Refletir sobre a identidade profissional inclui um resgate histórico da profissão e do profissional na sociedade brasileira, pois a identidade do Serviço Social se constrói em conexão com identidade do assistente social. Cada profissional tem uma identidade própria e singular, que é construída coletivamente, mas que possui marcas individuais.
Como o Serviço Social é uma profissão composta em sua maioria por profissionais femininas, é importante fazer um resgate de como se construiu a identidade da mulher trabalhadora na nossa sociedade.
2. Identidade da mulher da mulher trabalhadora e “carreiras femininas”
A assistente social, enquanto mulher, tem sua identidade socialmente construída como subalterna e privatizada, fomentada pelos mitos femininos. A sociedade brasileira é historicamente autoritária e excludente, tanto a classe feminina como a subalterna tem sido