Identidade e Exclusão Social
Disciplina: PSICOLOGIA DOS GRUPOS E SUBJETIVIDADE
IDENTIDADE E EXCLUSÃO SOCIAL
A identidade se estabelece através das relações sociais que desenvolvemos, se constitui na presença do outro, que desempenhando seu papel nos identifica no nosso. Nosso nome torna nossa representação, e através dele, nos diferenciamos do primeiro grupo social – a família – mas também nos igualamos a ele – nosso sobrenome assegura que fazemos parte do grupo familiar. Somos deste modo, a diferença e a igualdade. Um aspecto relevante é a questão temporal da identidade, que por vezes fica restrito a um momento originário, quando nos “tornamos” algo. Assim, temos uma idéia de posição posta que tanto identifica, quanto discrimina a presença ou ausência de certos atributos que construiriam uma identidade considerada atemporal. Entretanto, a identidade é “re-posta” durante toda vida ocorrendo representações do desempenho de papéis sociais que se vive a cada momento, ratificando a plasticidade da identidade (CIAMPA ,2001).
Por diversas vezes nos defrontamos com a necessidade de responder ao questionamento “quem és”, no entanto, a repetição da resposta dada não assegura certezas sobre seu conteúdo. Por ser empregado de forma popular, o conceito atribuído ao termo identidade é tão complexo e variado, tornando um nome tão definitivo, sujeito a inúmeras variações (JAQUES, 1998).
Com a crescente relevância atribuída à individualidade e as expressões do “eu” houve também um aumento pela busca da conceituação de identidade. No entanto, as definições continuam sendo as mais variadas possíveis. Dessa forma, alguns autores definem o conceito de identidade como imagem, representação e conceito de si, fazendo referência a um conjunto de traços, imagens, sentimentos que o indivíduo reconhece e julga fazer parte dele próprio. Na literatura norte-americana o termo empregado para definição do conceito de si mesmo foi