IDENTIDADE PROFISSIONAL
Segundo seguidores de Freud: “a identidade é algo formado, ao longo do tempo, através de processos inconscientes”.
No ponto de vista sociológico, “a identidade não é jamais concedida. Ela é sempre construída e reconstruída em um ambiente de incerteza, mais ou menos grande e mais ou menos durável (Dubar,1997).
A Identidade profissional do professor é uma questão em aberto. Segundo Ludke (1996), deveria se situar nos estudos da formação e da experiência; Gonçalves (1992) diz que “o professor é produto da ação do a) crescimento pessoal; b) aquisição e aperfeiçoamento de competências no campo de seu trabalho; c) socialização profissional em termos normativos e interativos”; Lortie (1975) tenta explicar a docência com o impacto da socialização inicial quando as atitudes, valores e orientações que as pessoas trazem do processo de socialização primária influenciam no exercício do trabalho.
A construção da identidade profissional do professor é intrínseca aos processos psicológicos e sociológicos vividos anteriormente porque é o reconhecimento das competências, dos saberes e das imagens de si. “A identidade é um espaço de construção de maneiras de ser e de estar na profissão” (Novoa:1992, p. 16).
Como “o direito de falar é uma forma de poder, e o direito privilegiado e exclusivo de monopólio na formulação do discurso implica no exercício de influência eficaz sobre os indivíduos” (Foucault); ter consciência da grande responsabilidade do magistério é ser plenamente contra as instituições de ensino que não fazem uma seleção didática e psicológica na prática para o ingresso de seus professores principalmente na educação infantil e nas séries iniciais. Contudo, não há isenção de culpa das instituições formadoras que deveriam certificar profissionais e não somente mercantilizar o ensino.
É difícil assumir um compromisso e fácil de desistir da carreira do magistério por não se achar competente para “enfrentar” uma classe de 40