Identidade Nascional e Ensino de História
A divercidade como “patrimônio sociocultural”
Rebeca Gostijo
Ricardo Juliano Cardoso
Ra – 06079-123
A divercidade nascional pode ser compreendida como uma construção histórica, resultante de um processo que atribui significado e sentido a uma comunidade imaginada.
Que poderão servir para diferenciar uma nação de outras: a língua, as tradições, a história é notório o destaque atribuído ao tema diversidade, seja através das noções de miscigenação racial ou de hibridismo cultural, ou ainda da idéia de que o Brasil é um país plural, multifacetado.
Em meado9s do século XIX, o texto Como se deve escrever a história do Brasil, de acordo com Von Martius, qualquer um que se dedicasse a escrever a história do Brasil deveria demonstrar como, no desenvolvimento sucessivo do país, estabeleceram-se as condições para o aperfeiçoamento de três “raças” humanas: brancos, índios e negros.
A diversidade aparece aqui, sobretudo, como um problema a ser enfrentado. Trata-se de uma constatação das diferenças e da necessidade de lidar com as mesmas, que não exclui hierarquização, como atribui ao elemento branco um papel civilizador.
Nas ultimas décadas do século XIX, sobretudo a partir de 1870, ganhou espaço a constatação da inautencidade da cultura brasileira resultante do que era então compreendido como um largo trabalho de imitação das idéias e costumes estrangeiros. Dizia Silvio Romero (1851-1914) que “todo brasileiro é um mestiço, quando não no sangue, nas odeias”.
Raça tornou-se um conceito ao mesmo tempo negociado e em continua construção, estavam então em cena as então modernas teorias científicas européias. Com base nesse ideário científista, foram elaboradas interpretações sobre o atraso do país e a condição de seus habitantes. A ciência contribuía para a naturalização das diferenças socioculturais, estabelecendo correlações rígidas entre as leis da natureza, formuladas com base na biologia e a sociedade. Discursos