Identidade Nacional no Brasil
Para Benedict Anderson as identidades seriam discursos construídos, imaginados. Dizer que a identidade nacional é uma construção, uma narrativa inventada, não quer dizer que ela seja irreal. Assim, tornaram-se possível nestes dois séculos, tantos milhões de pessoas tenham-se dado não tanto a matar, mas, sobretudo a morrer por criações imaginárias limitadas.
“Benedict Anderson dissertando sobre o caráter real ou irreal das comunidades imaginadas afirma que as comunidades se distinguem não por sua falsidade ou autenticidade, mas pelo estilo em que são imaginadas”. Portanto, em certos lugares a identidade nacional poderá ter como base a língua, o passado, em outros a "raça", os hábitos ou o temperamento do povo, ou seja, cada país, grupo ou classe imaginou uma proposta de identidade que se transformou no tempo e no espaço.
Para se entender os conflitos e interesses gerados pela questão da identidade nacional brasileira é preciso compreender o conceito de representações, visto que a identidade nacional é uma representação, sendo, portanto construída por grupos que pretendem impor seus interesses.
No Brasil, o Estado foi um dos grandes formuladores da identidade, e para isso cooptou vários intelectuais para que estes desenvolvessem propostas que unissem o povo, tendo como base, por conseguinte, os interesses da elite governamental.
É imprescindível, portanto, que a identidade nacional no Brasil, pode ser muito complicada a se entender, na maioria dos indivíduos brasileiros não se encontra esse sentimento de identidade nacional, a identidade com o seu povo, por isso que se identificam com outras coisas e não pela sua nação, muito diferente de outros países , que fazem tudo por ela até morrem.