Identidade, Currículo e Representação Social da Educação Física
O presente trabalho tem a intenção de compilar referências sobre a discussão de certas concepções presentes na escola e fortalecer o debate sobre a função social da Educação Física Escolar. A comunidade educativa argumenta a relevância da disciplina Educação Física Escolar, quais são seus reais objetivos, como são administrados seus conteúdos, a sua contribuição em outras disciplinas. Durante os estudos acadêmicos, vislumbra-se os adeptos da esportivização, os críticos reflexivos, o modelo elitista das aulas de Educação Física.Todos os modelos fizeram-me buscar respostas para legitimar, talvez para mim mesma, a importância da Educação Física. O conceito de Educação Física via-se dentro da minha ótica acadêmica, em uma crise de identidade.
Entendi que precisava buscar mais conhecimento sobre a identidade na teoria social. Descobri que as transformações sociais acompanhariam minha pesquisa, modificando as estruturas e as referências do indivíduo.
A crise de identidade, segundo Hall (2005), ocorre quando as estruturas que fornecem referências sólidas aos indivíduos, sustentando-os no mundo social de forma estável, sofrem mudanças, criando uma sensação de deslocamento dos sujeitos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos.
Essa crise pode ser entendida se observarmos a mudança acelerada das instituições (uma delas, a escola), a mudança nas “tradições”, a inevitabilidade da mistura dos diferentes grupos culturais, por fim, transformações no cotidiano que afetam nas atividades e nas características mais pessoais do ser humano. Isso leva o sujeito a ter uma mudança na ideia que tem de si como sujeito formado, integrado. A escola aparece como uma das instituições que mais o ser humano participa, sendo responsável pela construção da representação de quem somos. É neste espaço que a maioria das diferenças nos é apresentada.
Estar dentro da escola é também vivenciar o seu currículo. A teorização do currículo escolar define