Ideia de o processo civilizador

Quando Nobert Elias propõem a ideia de um processo civilizador ele se debruça propriamente sobre o Ocidente utilizando-se de uma figuração sócio-histórica entender essa dinâmica. Para tanto ele utiliza-se de uma sociogênese e uma psicogênese para compreensão desse processo. Sua análise dimensiona-se sobre o homem civilizado ocidental, perpassando por recortes mais amplos histórico-social até uma imersão mais psicológica/individual/comportamental do indivíduo.
O ponto de partida da idéia do processo civilizador é a de que esse homem ocidental analisado nunca se comportou ao longo da história da mesma forma, tendo em vista nossa construção moderna desse homem como “civilizado”. Tendo em vista tal finalidade, o autor para atingir sua proposta teórica utiliza-se do processo de construção do conceito de ‘civilização’ visto ao longo da história no qual respaldará sua discussão sobre processo civilizador.
O conceito de civilização, para Norbert Elias é bastante diverso, se remete a distintos fatos, manifestações, práticas, costumes e ideias. Tudo isso, cabe dentro de uma redoma mais individual do sujeito social ocidental passível de análise. O ponto nevrálgico do conceito de civilização à luz do processo civilizador está em considerar que este conceito expressa a consciência que o Ocidente tem de si mesmo. Essa característica permeia fortemente as vivências da sociedade ocidental, proporcionando assim um caráter de diferenciação e orgulho desta perante o restante do mundo que não é ocidental.
Esse conceito amplo de ‘civilização’ manifesta-se de diferentes formas para diferentes povos e possui diferentes capilarizações na sociedade. Para os povos Frances e ingleses ‘civilização’ se refere a aspectos políticos, econômicos, morais e sociais, tendo um peso pragmático; já para o Alemães o conceito se refere às questões intelectuais, artísticas, religiosas em que se insere propriamente dentro dessas esferas específicas do social.
Há para os Alemães o conceito