Idade media
Porém, esse comércio não era intenso devido a alguns fatores: a falta de necessidade de superprodução, a situação precária das estradas, os altos pedágios exigidos, o frequente ataque de saqueadores e, principalmente, as diferenças no sistema monetário de cada região, o que não possibilitava um comércio dinheiro-mercadoria-dinheiro, mas sim, uma troca mercadoria-mercadoria (escambo).
As Cruzadas, contudo, deram uma guinada nessa situação. Eram frequentemente acompanhadas por mercadores que tinham o objetivo de abastecer-lhes durante as expedições e, além disso, com o crescimento da população da época, as Cruzadas eram vistas como uma maneira de conquistar novos bens e terras.
A Igreja, com o objetivo de difundir a fé cristã por toda a Europa e adquirir mais regiões para os seus domínios, financiou muitas das expedições, passando ao mundo a imagem das Cruzadas como guerras santas, não de saques e pilhagens, o que eram na verdade.
De fato, as Cruzadas foram muito importantes. Estimularam um grande fluxo comercial na rota do Mar Mediterrâneo, o desenvolvimento de algumas cidades comerciais italianas como Gênova, Pisa e Veneza e um maior transporte de especiarias e tecidos orientais.
E foi assim, do encontro periódico de mercadores de toda a Europa, que surgiram as primeiras grandes feiras, onde eram comercializados desde produtos orientais até peles, couro, madeira e peixe. As feiras ocorriam em algumas províncias e eram bastante rentáveis aos senhores donos das provínicias pois estes recebiam bastantes riquezas dos