idade media
O nominalismo é uma doutrina segundo a qual as idéias gerais, como gêneros ou espécies, não passam de simples nomes, sem realidade fora do espírito ou da mente. A única realidade são os indivíduos e os objetos individualmente considerados. Desse modo, o universal não existe por si: é mero nome, vocábulo com significado geral, mas sem conteúdo concreto, que só reside no individual e no particular.
O realismo representava uma visão do mundo mais espiritual, enquanto que o nominalismo nascia de uma visão mais concreta e antiespiritual das coisas. Por isso, o nominalismo, em toda a Idade Média, se apresentava como uma suspeita doutrina de céticos.
No segundo período da filosofia escolástica medieval, que começou no século XIII com santo Alberto Magno e santo Tomás de Aquino, prevaleceu a posição do realismo moderado. O nominalismo reviveu mais tarde, no século XIV, com o filósofo inglês Guilherme de Occam. Para este, todo conhecimento se baseia na experiência sensível, de que, por abstração, extraímos as idéias gerais, de que se servirá a ciência, sem necessidade alguma das antigas species dos realistas.
Occam também é chamado terminista. Ensinava que qualquer ciência é ciência só de proposições e de proposições enquanto são conhecidas. Todos os termos dessas proposições são só conceitos e não substâncias externas. O nominalismo dos séculos XIV e XV não é ortodoxo em relação à teoria escolástica mas, em compensação, favorece o estudo das ciências naturais.