id e religião
Partindo desse princípio e das teorias estudadas, vemos quão importante é uma identidade religiosa no processo de construção da identidade individual.
Vê-se então que a religião é um fenômeno íntimo de cada ser, porém a identidade religiosa está incluída numa outra esfera, a identidade coletiva.
Em Vigotski percebemos que nossa identidade é muito da identidade do meio, já que é influenciada pelo sócio-cultural. Na parte cultural também entra, obviamente, a religião. A constituição da nossa fé é, em muito, influenciada pelo nosso contexto, e principalmente a família. Fowler, em sua teoria, Estágios da fé, reafirma esse dito no estágio 2, a fé mítico-literal
“A criança desenvolve a capacidade de perceber as perspectivas das outras pessoas e começa a assumir para si as histórias,crenças e costumes de sua comunidade, apropriando-se de forma literal de crenças, símbolos e regras, bem como aprende a distinguir a fantasia da realidade.”
Mas o que fazer quando ocorre o oposto? Segundo Wallon, muitas vezes é necessário para a construção de sua própria identidade, a negação. E a fé também entra nesse processo. Fowler em seu livro também previu isso no estágio 3- fé sintético-convencional
“Este estágio surge tipicamente durante a adolescência e é caracterizado pela ampliação da experiência de mundo para além da família(...) As expectativas e avaliações dos outros são as limitações deste estágio gerando conflitos nas relações interpessoais e nas reações com Deus”
Logo vemos que muito de nossa identidade individual deriva do que formamos como identidade religiosa. Porém nem sempre é fácil assumir essa identidade quando sua escolha é divergente. Por isso, muito das pessoas que mudam ou contrariam a influência social e, principalmente, a familiar, tendem a esconder isso ou sofrem mais preconceito religioso,