id, ego, superego, consciente e inconsciente
De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.
O id é o reservatório de energia do indivíduo. É constituído pelo conjunto dos impulsos instintivos inatos, que motivam as relações do indivíduo com o mundo. O organismo, desde o momento do nascimento, é uma fonte de energia que se mobiliza em direção ao mundo, buscando a satisfação do que necessita para seu desenvolvimento, regido pelo principio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.
O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evolui do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Aqui é interessante notar como os pontos de partida de Froud e Piaget são similares nas origens: Há uma formação instintiva inicial que se desdobra em estruturas mais sofisticadas a partir as elaboração da realidade.
Imaginemos um bebê que tem fome. Ou lhe é imediatamente fornecido alimento, ou ocorre uma violenta reação de desespero, expressa pelo choro. À medida em que as relações com a mãe sejam satisfatórias, estabelece-se uma relação de confiança entre o bebê e ela. Diante da fome, ele já pode aguardar um pouco, porque sabe que o alimento virá. Pode resistir por alguns momentos sem crise. O rudimento de uma organização temporal começa a se estabelecer. Há um “agora”, com fome, que pode ser suportado, porque há um “depois”, com alimento, que é sentido com certo. Começam a ser estabelecidas as correlações entre o desejo e a realidade. Progressivamente surgem vagidos diferenciados. Ainda não é linguagem, é apenas sinal. Mas a mãe já pode diferenciar os sons que pedem comida, dos gritos de