IBUTG
O artigo visa analisar a possível correlação existente entre a perda de peso corporal verificada nos eletricistas de manutenção de linhas energizadas, na tensão de 69 kV, da
Companhia Energética de Alagoas (CEAL), e o IBUTG, durante a execução de diferentes procedimentos de manutenção em linha viva. Os resultados da pesquisa devem ser entendidos como restritos às condições climáticas e pessoais descritas no presente trabalho. Através da análise estatística de regressão linear, respaldada nos testes de significância necessários para validação do método empregado, e de acordo com as avaliações efetuadas para determinar uma relação direta de variação de perda de peso corporal relacionada à variação do IBUTG, pode-se concluir que há estreita relação entre estes parâmetros avaliados. O estudo possibilitou a determinação de uma equação básica que relaciona a perda de peso com as variáveis termoambientais que compõem o IBUTG. Uma das principais constatações obtidas com os aspectos abordados na pesquisa refere-se à importância significativa da perda de massa corporal, substancialmente perdas hídricas, que pode provocar conseqüências fisiológicas danosas à saúde. Os resultados sinalizam no sentido de se rever parcialmente os procedimentos normalizados adotados no Brasil para avaliação da exposição ocupacional ao calor.
Palavras-chaves: Perda de peso corporal, IBUTG, Manutenção em linhas energizadas.
1. Aspectos Legais Relativos à Insalubridade no Brasil
Inicialmente cumpre esclarecer o significado do termo ‘insalubre’. Segundo Pereira et al
(1998, p. 14), “a palavra insalubre é originária do latim e significa tudo aquilo que não é salubre, que não é saudável, que é doentio, que pode causar uma doença ao longo do tempo”
(grifo nosso). Continuando, o mesmo autor conceitua insalubridade como sendo o caráter ou a qualidade de insalubre.
Apesar da indiscutível significância admitida com a inserção de garantias trabalhistas relacionadas à saúde