IBM e Holocausto
IBM e o holocausto
Edwin Black
Aluno: Douglas Nascimento Rechia
Disciplina: Direito, Informática e Sociedade.
Prof. Aires Rover
Introdução
O objetivo do livro concentra-se em expor a história da participação consciente da IBM no holocausto. A IBM contribuiu com a organização maciça da informação, sem a qual, segundo o autor, não haveria holocausto.
O papel da IBM nos planos de Hitler era catalogar e identificar os judeus e os grupos indesejáveis que viviam na Alemanha. Ansiosa pelo lucro, a IBM deixou-se dominar por um mantra corporativo amoral: se pode ser feito, deve ser feito.
A IBM, com sua tecnologia de cartões perfurados, organizava e classificava a informação de acordo com as pesquisas encomendadas pelo mais alto escalão do Reich. As informações eram utilizadas para os mais variados propósitos: distribuição de alimentos de modo a matar de fome os judeus; identificar, rastrear e gerenciar a mão-de-obra escrava; controlar a circulação de trens para a catalogação de carga humana, etc. As máquinas que confeccionavam os cartões não eram vendidas, mas alugadas, sujeitas à manutenção e atualização constantes da IBM.
O autor é filho de sobreviventes poloneses do holocausto. Sua motivação pela pesquisa veio com a curiosidade sobre uma máquina IBM Hollerith D-11 em exposição no Museu do Holocausto em Washington, EUA. “A não ser que compreendamos como os nazistas adquiriram os nomes dos judeus, novas listas serão compostas, com outras pessoas”. “Apenas mediante a exposição e análise do que realmente ocorreu, o mundo da tecnologia finalmente terá condições de professar o mote bem conhecido: nunca mais”.
Pessoas numeradas
Em cada campo de concentração, os prisioneiros eram identificados por meio de cartões
Hollerith descritivos, cada um com colunas perfuradas, detalhando nacionalidade, data de nascimento, estado civil, quantidade de filhos, motivo do encarceramento, características físicas e habilidades profissionais.