IBGE indica que analfabetismo cai menos entre maiores de 15 anos
Pesquisa mostrou que esses profissionais ainda se preocupam muito mais com a burocracia que com o pedagógico Cinthia Rodrigues (novaescola@fvc.org.br)
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Os diretores de escolas públicas no Brasil trabalham aproximadamente dez horas por dia. Eles têm, em média, 46 anos de idade - e menos de oito no exercício da função. Em seu cotidiano, as prioridades da agenda são cuidar da infraestrutura, conferir a merenda, vigiar o comportamento dos alunos, atender os pais, receber as crianças na porta, participar de reuniões com as secretarias de Educação e providenciar material. Sobra pouco tempo para conversar com professores, prestar atenção nas aulas e buscar a melhoria do ensino, a meta essencial da escola.
Essas são as principais conclusões de uma pesquisa inédita realizada pelo Ibope entre maio e junho deste ano, a pedido da Fundação Victor Civita. Foram ouvidos
400 diretores de escolas públicas em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba,
Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São
Luís e São Paulo. Cada entrevista durou cerca de 50 minutos e abordou desde características pessoais até a relação com as redes de ensino e com as equipes dentro das escolas. Nesta reportagem, você vai conhecer um pouco mais do perfil desses profissionais, com base em sete aspectos:
- rotina de trabalho,
- formação inicial e continuada,
- responsabilidades pedagógicas,
- autonomia na função,
- relação com as políticas públicas,
- perspectivas para a Educação
- formas de seleção para o cargo.
No dia a dia, os diretores passam muito tempo cuidando de tarefas administrativas
- e pouco tempo com questões pedagógicas. Segundo a pesquisa, 90% verificam a produção da merenda todos os dias. O mesmo vale para a supervisão dos serviços de limpeza (84%), o fornecimento de lápis e papel (63%) e a conferência das condições das carteiras