IANNI
A globalização descrita por Octavio Ianni não caracteriza-se e não relaciona-se com qualquer tipo possível de homogeneização. Isto porque a gloabalização, intensificada a partir do fim da guerra fria e do neoliberalismo, provém de uma demasiada expansão do capitalismo, tanto em processos civilizatórios como no que diz respeito aos modos de produção. Trata-se então, segundo Ianni, de uma realidade nova, integrada e com novas particularidades e identidades. Tal transformação inicia-se principalmente devido aos novos processos civilizatórios. Estes, caracterizados por novos modos de se pensar, agir, sentir e imaginar, originam uma nova divisão transnacional do trabalho, que pode ser subdividida em tres partes: A primeira divisão é constituída da redistribuição de países e continentes, bem como a reestrturação das empresas e seus departamentos. A segunda divisão baseia-se nas cidades globais. A partir destas, inicia-se um processo de rearranjo do mapa mundial, havendo assim uma nova rede de articulação e uma consequente ampliação comercial. A terceira divisão, além de transmitir uma precarização das divisões do trabalho e um olhar estrangeiro ao trabalhador, revela-se também como uma maior flexibilidade aos processos de produção e trabalho. Como consequencia das grandes divisões do trabalho citadas acima, inicia-se uma nova transformação tanto no que diz respeito às condições de vida como também nas condições de trabalho em campos rurais. Segundo Ianni, a globalização gera além de uma extensa e intensa urbanização e industrialização em áreas rurais, um aperfeiçoamento tecnológico e uma dissolução do mundo agrário, bem como um novo padrão de