Hérodoto e Tucidedes
Heródoto é o responsável pelo surgimento da historia que tem como finalidade principal “retardar o desaparecimento dos traços da atividade dos homens”. Heródoto inova permitindo a emergência do gênero histórico. A consciência política que permite passar da essência épica do discurso à existência política.
O historiador é o ausente da história, cujo discurso é a própria marca da separação, da distância atestada pelo uso do “ele” que permite desdobrar o seu relato.
Heródoto é o espelho para o historiador, nele se encontra as raízes de uma humanização por tempo efetivo, uma participação do homem na temporalidade sensível, enquanto o mito ou a lenda tiinha ciclos atemporais ou circulares.
A aceitação dos relatos oralizados quando não se têm os escritos
Heródoto viajava para fazer suas investigações chegando parecer para alguns como geógrafo e etnógrafo.
O historiador François Hartog se opõe a Heródoto por ele ter um projeto de conjunto que inclui descrições minuciosa dos citas, no interior de uma problemática que consiste em falar dos costumes citas em nome do referente que, na verdade é o dos cidadãos Gregos, quer o das Guerras Médicas quer o das estratégias de Péricles.
Não se trata mais de saber o grau de veracidade da expedição de Dario na Scita, mas em que a guerra contra os citas prenuncia as Guerras Médicas.
Os citas, povos de caçadores e de nômades, encontram-se em posição de caçados pelas tropas dos persas e faziam-se perseguir em região afastada para os persas se perdessem em espaços que lhes eram familiares.
Essa prova por meio dos citas, esse desvio pelo outro para melhor conhecer seus próprios limites, também termina por um juízo normativo que resulta em valorizar a cidade grega contra o despotismo.
A detenção exclusiva do poder político pelo déspota suscita nele um deslocamento de sua desmedida para o lado de seus apetites guerreiros e de sua sede sexual.
Heródoto durante muito tempo foi apresentado como uma