Hélio Oiticica
Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 26 de julho de 1937 — 22 de março de 1980) foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas.
É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente.
Oiticica começou a carreira artística na década de 50, logo após estudar pintura entrou para o Grupo Frente e junto fez a sua primeira exposição no Museu de Arte Moderna. Na virada da década, se uniu ao movimento neoconcretista ao lado de nomes como Lígia Clarke, Amílcar de Castro e Ferreira Gullar. Defendia que a arte não era um mero objeto, e ia além do geometrismo puro.
No início da década de 60, Oiticia definiu seu papel nas artes plásticas brasileiras, e começou a realizar trabalhos que ultrapassavam a mera contemplação das obras. Seus penetráveis misturavam a visão ao olfato, tato, audição e paladar. Em meados dos anos 60 o artista aproximou-se da cultura popular e do carnaval. . Entre seus trabalhos mais conhecidos dessa época são designadas “parangolés”, que consistiam em tendas, estandartes e bandeiras para serem usadas sobre o corpo. São obras que causaram polêmicas e ele definia como ”antiarte por excelência”.
Assim Hélio Oiticica, definiu em 1968 a anti-arte como sendo uma arte experimental, fora dos padrões convencionais, superando os suportes clássicos do quadro e da escultura e invadindo o espaço para além de museus e de galerias. A anti-arte quebra a relação passiva do espectador com a obra, convidando-o e provocando sua participação direta no trabalho visto ou vivenciado. Além disso, passa a incorporar novas matérias do uso cotidiano e a investir na precariedade desses novos suportes, transferindo para o “corpo” e para outros elementos a experiência estética de cada trabalho.
Em 1960, cria os primeiros Núcleos, também denominados Manifestações Ambientais e Penetráveis, placas de madeira pintadas com cores quentes penduradas no