Hypermarcas
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O empresário João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, construiu a maior empresa de consumo do país apostando em marcas nacionais. Após 27 aquisições, sua Hypermarcas fatura R$ 3,5 bilhões e vai continuar comprando
Por Edson Porto
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Acertar no perfil das marcas adquiridas é fundamental para a Hypermarcas. Desse acerto depende sua capacidade de aplicar uma receita que até agora se mostrou infalível. Funciona assim: invariavelmente o passo inicial é reformular a imagem da marca absorvida, o que em geral envolve o redesenho do logotipo, dos rótulos e das embalagens. O segundo estágio envolve as grandes campanhas publicitárias e promoções nos pontos de venda. Depois é a vez de um ajuste fino na distribuição. Praticamente todas as marcas passam por isso. Tome-se como exemplo o caso do esmalte Risqué, comprado do grupo Niasi. Depois de estudos com consumidoras, foram lançadas novas linhas e cores. A atriz Mariana Ximenes foi contratada como garota-propaganda e realizaram-se ações intensivas em salões de beleza. “Durante minhas conversas com os antigos donos, perguntei por que eles não anunciavam na TV e eles disseram que nenhuma marca de esmalte fazia isso”, diz Júnior. O Risqué foi para a televisão e o resultado foi um crescimento de 50% das vendas em um ano.
Mariana Ximenes é apenas uma das estrelas que estão na folha de pagamento da Hypermarcas. Xuxa, Ísis Valverde e Carolina Dieckmann são outras. O jogador Ronaldo promove a marca Bozzano desde o ano passado e, em janeiro, a empresa anunciou o maior investimento já feito no futebol brasileiro. A Hypermarcas vai pagar R$ 38 milhões para ter as marcas Bozzano, Neo Química, Assim e Avanço estampadas na camisa dos jogadores do Corinthians.
Embora não participe de decisões cotidianas, Júnior gosta de dar palpites em peças publicitárias e tem uma grande influência nessa área. Na Arisco, envolvia-se diretamente em tudo relacionado à