No contexto de uma sociedade futurista, o autor constrói uma sociedade na qual não mais existem pais e mães, sendo os bebês todos gerados em laboratórios e condicionados a determinado estilo de vida e posição social. É interessante a visionaridade do autor no sentido de, no ano 1932, perceber uma tendência que se assumirá relevância no cenário da biológico apenas no início do século seguinte. Nesse sentido, o texto se mostra bem atual e universal, mesmo sendo redigido há mais de 80 anos. Dentro da perspectiva comportamental, é possível perceber uma drática mudança nos valores da sociedade civil e também na sua conformação enquanto classes sociais. O imediatismo passa a ser priorizado e os novos seres humanos já tem sua classe social delimitada no âmbito da concepção (Alpha +, Beta -), iniciando-se um processo biológico de condicionamento em prol da servidão a uma sociedade capitalista. Fala-se em "produção em série" no interios das indústrias biológicas, da qual saem seres humanos genético-psicologicamente condicionados a gostar de coisas e situações específicas, além de haver uma dita conformação social, isto é, se está feliz sendo classe dominante ou dominada. Essa situação demonstra uma aceitação quanto a segregação social, uma vez que, ao mesmo tempo, há uma diferenciação entre os membros de uma mesma natureza e ainda nao há possibilidade de alcançar patamares superiores. Assim, conceitos da sociedade antiga, como dignidade da pessoa humana, igualdade formal e material, segurança jurídica, liberdade... dão lugar a um rígido ordenamento em castas e costumes delimitados. Nesse sentido, trata-se de uma ofensa muito grande até mesmo sugerir a existência de pais ou mães, situação que dá lugar a manipulação industrial de embriões, alterando também a perspectiva industrial do momento. Agora, se disputa o menor tempo para se alcançar a maturação do maior número de óvulos e outras coisas do tipo. Além de sair das incubadoras com seu papel na sociedade