Husserl
De acordo com Husserl, conhecemos o mundo através de dois aspectos: a captação “intuitiva” e a integração significativa.
Acreditava ele que a realidade não podia ser reduzida aquilo que meramente captamos através dos sentidos, ainda que realizando uma integração.
Husserl afirmava que não existe consciência sem objeto, da mesma forma que o oposto é verdadeiro. As expressões conhecidas: “Toda consciência é consciência de algo” e “O objeto é sempre objeto para a consciência”, expressam o princípio da intencionalidade de Husserl, postulado básico da fenomenologia. A consciência não é um lugar, tal como uma caixa que abriga conteúdos mentais, conforme a concepção wundtiana, mas uma espécie de movimento para fugir de si mesma, um escape para fora de si, para poder ter uma existência. A consciência é esse partir em direção às coisas que a ela aparecem como fenômenos. Qualquer que seja o objetivo da consciência, ele está sempre fora da consciência porque é transcendental; sujeito e objeto passam a ser um só, e a preocupação volta-se para o ato de conhecer.
Para que se possa atingir um conhecimento completo, todos os caracteres exteriores da vivência captadora precisam ser eliminados, ou seja, tudo o que esteja fora desse nosso próprio estado psicológico é colocado à parte ou, como nos fala Husserl, entre parênteses. Está é a redução fenomenológica ou epoché. Na verdade realizamos não uma redução, mas várias delas, de forma tal que todo o julgamento seja eliminado.
Dessa forma, o que se enfatiza é a intuição, procurando eliminar tudo o que for de não intuitivo para se chegar ao conhecimento absoluto. A essa consciência de um objeto, purificada, que ocorre no processo de redução fenomenológica, Husserl chamou de consciência transcendental.
A atitude fenomenológica é essa atitude que petrifica a