Humor tem limite?
A sociedade em que vivemos hoje exige mentes globalizadas a fim de entender as diferentes relações sociais das pessoas. Assim, quando o assunto é o humor e seus limites, as polêmicas surgem ao redor dos comediantes contemporâneos, que acusados principalmente pela mídia sensacionalista de preconceituosos, desencadeiam uma quebra dessas relações sociais, que deixam de ser harmônicas.
Muito se discute sobre a liberdade que os humoristas têm nas suas falas, tanto que não é novidade o escândalo envolvendo o comediante Rafinha Bastos, quando usou uma figura pública em uma de suas piadas. O fato é que todo humor tem um alvo, atacando principalmente aqueles acusados de “inferiores” na nossa sociedade, como os analfabetos, os negros, os gays e os nordestinos.
Thomas Robbes já dizia em seu livro O Leviatã que “O homem é o lobo do homem”, ou seja, o homem é o inimigo dele mesmo. Logo, quando o comediante faz uma piada criminalizante ele é preconceituoso ou o público que é pouco exigente? O povo precisa entender que quem sobe no palco não é responsável pelas mazelas da sociedade, pelo contrário, muitas vezes expõe assuntos presentes no nosso cotidiano, usando a “piada” como forma de crítica social.
Portanto, os humoristas devem sim estabelecer um limite ao seu humor, porém, isso também vale para o espectador, que deve controlar e analisar as suas críticas. Como citou o deputado Jean Willys “A minha liberdade se encerra onde começa o direito do outro”, sendo assim se o humor infringir a dignidade humana e seus valores morais, infelizmente isso é só um apelo gritante para maior atenção da mídia.