HUMOR, CRIATIVIDADE E EXPERIÊNCIA. UMA FILOSOFIA PEDAGÓGICA PARA OS PROJETISTAS DA APRENDIZAGEM DO SÉCULO XXI
A escolha do professor pressupõe a aceitação da existência social da universidade e da sua função institucional, reconhece-se que o valor será atribuído pela sociedade que a produz; pois esta dita contemporânea, por já ter produzido a idéia do professor-sacerdote, colocando, por um lado, a sua tarefa como missão, semelhante ao trabalho dos religiosos, trouxe a mitificação do professor, assim tornando-o produto social, interferindo no seu modo de ser e de agir, e por outro o ofício de professor assimilado à aula magistral seguida de exercícios.
Entretanto, enquanto praticarem uma pedagogia magistral e pouco diferenciada, os professores não dominarão verdadeiramente as situações de aprendizagem nas quais colocam cada um de seus alunos. Acredito que a reflexão sobre as práticas didáticas começa com a questão de Sant-Onge (in PERRENOUD, 2000, p.24): “Eu ensino, mas eles aprendem?”, e com a afirmativa que em uma sociedade contemporânea cada vez mais se torna necessário o trabalho docente enquanto mediação nos processos construtivos da cidadania dos discentes, o que impõe a necessidade de repensar a prática docente.
Educação e inteligência
Nada existe na mente que antes não tenha passado pelos sentidos. Aristóteles De acordo com Alencar (2005, p.44), os métodos educacionais vêm desempenhando um papel inibidor das habilidades e talentos dos indivíduos. Como a tendência na escola é salientar a incompetência, a ignorância e as incapacidades do aluno, muitos internalizam uma visão limitada de seus recursos, aptidões e habilidades. Essa visão pessimista gera um grande desperdício de talento e de potencial humano.
Enfatiza Cury (2003, p.68) dizendo que bons professores “usam a memória como armazém de informações” e aqueles, considerados por ele,