Humberto
O livro é dividido em cinco capítulos, são eles: “A relação entre língua e sociedade”, “O fato sociolinguístico”, “A variação linguística: primeira instância”, A variação linguística: segunda instância”, “Variação e mudança linguística”. Após estes, vem às conclusões. No primeiro capítulo, o autor associa o caos linguístico a um campo de batalha e vai propor o que vem a ser o objetivo do livro, maneiras possíveis de combater o mesmo. Outro ponto proposto pelo autor é um ponto de partida para a análise do pesquisador, a relação entre a língua e a sociedade, daí o nome sociolinguística. E por fim, delimita o modelo de análise utilizado por ele no livro, modelo teórico metodológico, que tem como objetivo estudar o caos linguístico. Fernando Tarallo discute a questão da relação entre língua e sociedade. Ele trata sempre a língua de uma perspectiva de que ela é um fato social, adquirido em um sistema convencional por meio do convívio social, e por isso está sujeita a alterações fonológicas, morfossintáticas, estilísticas e semânticas. No segundo capítulo, o autor propõe uma metodologia para que o pesquisador no momento de coletar dados possa apreender a constituir o seu objeto de análise, e também discute as relações entre teoria, método e objeto de estudo. Esse modelo teórico metodológico tem como percursor William Labov. Tal modelo é também conhecido como sociolinguística quantitativa. Conforme Tarallo, esse modelo parte da identificação do objeto, o fato linguístico, a língua falada. No que se refere à teoria, consiste na investigação científica sobre a língua, o que serve de suporte, seria uma maneira de nortear o estudo, para definir os procedimentos metodológicos a serem empregados durante o estudo. Com relação à coleta de dados, ele problematiza as questões de se estudar a língua em situações naturais de comunicação, o pesquisador teria, então, grandes