Sabe-se que o descaso do Estado foi um fator culminante ao longo dos anos por agravar o sistema penitenciario brasileiro. A prisão, que surgiu como substituição a pena de morte e as torturas, não consegue efetivar o fim de correção ao principal objetivo que lhes era dado. No Brasil, no entanto, a realidade do sistema carcerário mostra que viver com dignidade não é um direito garantido às pessoas que estão sob a tutela do Poder Público, passando a ser apenas um ambiente degradante e pernicioso, acometido dos mais degenerados vícios, além de ser uma escola de aperfeiçoamento do crime sendo assim impossível a ressocialização de qualquer ser humano. Nesse contexto, a superlotação tem como efeito imediato a violação a normas e princípios constitucionais, trazendo como consequência para aquele que foi submetido a uma pena privativa de liberdade, pois a convivência no presídio trará uma aflição maior do que a própria sanção imposta. Com isso, a medida primordial para melhorar tal sistema, seria a implantação de novos presídios, já que existem 237.313 preso a mais que a sua capacidade. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Avante, em 2012 eram 548.003 pessoas vivendo em espaços onde cabem 310.687, o equivalente a 1,76 detento por vaga. Entre os diversos problemas presentes nas carceragens brasileiras as condições degradantes que se encontram os presos são desumanas, visto que em muitos presídios há muita sujeira e má alimentação. No caso do presídio de Pedrinhas, já retratado no jornal Folha de São Paulo, são servidas para o almoço arroz com galinha crua, que se faz necessário que os presos utilizem chapas do chão das cadeias para terminar o cozimento do alimento. Outro fator comum, é o descarte de restos das comidas serem feitos em Isopor nas portas da celas, fato que ajuda na contaminação do ar. Além de todos esses fatores os detentos convivem com um mau cheiro, que vem da mistura de fezes, urina e comida estragada, que acaba causando náuseas para as