humanização
Cuidados paliativos, a vitória da vida enquanto ela durar.
Ao contrário do que muitos pensam adotá-los não significa desistir de tratar o paciente com doença grave e incurável. O importante é buscar atender o ser humano de forma integral e não olhar apenas a doença.
“Cuidados paliativos não dão dias à vida, mas dão vida aos dias”. A frase costuma ser dita por profissionais que atuam na assistência a pacientes com doenças graves e incuráveis para explicar o objetivo dessa área médica ainda pouco conhecida. Alguns acreditam que se trata de algo inócuo, que abreviará a vida do paciente, fazendo-o desistir do tratamento curativo e de outros recursos que a tecnologia médica oferece. Não é isso. Cuidados paliativos não visam a abreviar ou prolongar a vida. Seu foco não é a doença. É o doente, o ser humano em suas dimensões física, psicológica, social e espiritual.
Interromper a quimioterapia? Suspender a hemodiálise? Não ser entubado ou sedado? São escolhas difíceis para quem tem a morte diante de si, mas o paciente tem o direito a elas. Em qualquer caso a missão da medicina paliativa é assegurar conforto, dignidade e qualidade de vida ao doente e a seus familiares.
Os cuidados paliativos são reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina como um direito do paciente. Seu novo Código de Ética Médica estabelece que “nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados”. Um número crescente de instituições tem uma área de cuidados paliativos, com médicos de várias especialidades, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais. Atuando de maneira integrada com a equipe médica principal, a tarefa desse grupo é proporcionar ao paciente uma assistência abrangente – no