Humanização Hospitalar
Embora reconhecendo que a humanização hospitalar pode ter muitas motivações: terapêuticas, financeiras, religiosas, humanitárias éticas, opta por examinar a dimensão ética do desafio. Desenvolvendo as considerações éticas que podem fundamentar a política de humanização, acena para quatro grandes princípios ou valores: a autonomia, a beneficência, a não-maleficência e a justiça. Segundo Marino Junior, professor (2008)profundo admirador de Osler, acredita-se que atualmente os médicos devem retomar as bases humanísticas da medicina com objetivo de reintegrá-la em seu verdadeiro papel: assistir o ser humano de maneira integral, preocupando-se com sofrimento físico, angústia e necessidade espiritual. Procura-se concretizar esses princípios indicando alguns direitos e deveres: o direito à assistência médica; o direito a cuidados de enfermagem personalizados, respeitosos e carinhosos; o direito a terapias adequadas; o direito do doente saber a realidade da sua situação; o direito do paciente decidir sobre sua vida e tratamento e, finalmente, o direito das pessoas a um ambiente humano propicio a um viver com dignidade e a um morrer com tranquilidade quando a hora chegar. De acordo com CYRIANO (2004), desenvolvimentos de tais projetos ajudam a entender que a humanização de nossos serviços reconheça que nós, cuidadores, também somos frágeis e humanos.
Através da ética, artigos propõem mostrar que é possível trazer de volta para o âmbito do ser humano o hospital brasileiro apesar das ameaças de uma mentalidade tecnocientífica sem sensibilidade humana e da busca de lucro sem escrúpulo do paradigma comercial-empresarial do hospital, segundo LM.Martins (2006), os profissionais da área da saúde parecem aos poucos perder a sua humanização, favorecendo a desumanização de sua prática. É importante deixar claro que a ética e a humanização não se preocupam apenas com as coisas como são, mas como as coisas podem ser e, especialmente, como devem