Humanista Ii
O caso Ellen West de Binswanger é um clássico da Fenomenologia, visto que ele é descrito com muitos detalhes em relação às experiências vividas por Ellen e muito bem analisado por Binswanger, utilizando seus conceitos de Mitwelt, Umwelt e Eigenwelt.
Ellen West desde nova era considerada estranha por sua família, que possuía características particiulares entre os seus integrantes: filha de pais judeus – pai muito rígido e que sofria de insônia e ataques de terror e mãe amável, nervosa e sugestionável –, tinha dois irmãos: o mais velho considerado equilibrado e alegre e o mais novo sofria de transtorno mental com idéias suicidas e chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico. Sua avó materna era vista como forte e alegre e sobre seu avô materno, somente sabe-se que faleceu muito novo. Em relação aos paternos, seu avô era autoritário e severo, enquanto sua avó era amável, mas sofria de manias depressivas – onde ficava dias sem se mover e sem falar. Por fim, possuia 5 tios paternos, onde dois haviam suicidado, dois sofriam de arteriosclerose demencial e faleceram por problemas recorrentes a doença e outro vivia sobre uma forte doutrina de privação. Ellen, durante toda a sua vida, possuiu problemas relacionados à alimentação: quando criança recusou o leite materno e recusava diversos alimentos aos quais ela não gostava. Além disso, Ellen era uma moça bastante insegura, visto que ela passava por diversas crises pessoais, relacionadas com sua própria vida e com seus trabalhos. Aos vinte anos, após o rompimento de um relacionamento amoroso por causa dos seus pais, Ellen passa a comer bastante e tem um ganho excessivo de peso. Começa a se ver como obesa e passa a considerar que tem apenas uma saída dessa situação: a morte, então começa a fazer dietas rigorosas e diversos exercícios físicos para perder peso. Ao decorrer da sua vida, Ellen passa por diversos momentos, onde engordava de forma excessiva e utilizava métodos arriscados para