Humanismo
No final da idade média, muitas transformações sociais, econômicas e políticas começam a acontecer, impulsionadas, principalmente, pela crise do sistema feudal, já desgastado e perdendo suas forças. O mercantilismo sobrepõe-se ao feudo, começam as grandes navegações e pequenas cidades passam a ser criadas, dessa forma, surge a burguesia, fazendo com que o dinheiro passe a ser mais valorizado do que os títulos de nobreza.
O Humanismo engloba múltiplas ideias de valorização do ser humano e de valores éticos e morais, foi um ponto de transição que modificou o pensamento medieval, tendo como aspectos principais a ascensão do antropocentrismo e a valorização da antiguidade clássica/pagã (movimento pendular da arte). É uma das principais características do Renascimento, pois estabeleceu a ideologia desse movimento. Apesar de contrariar a igreja, não vendo mais o homem como submisso a fé para a salvação, os humanistas tentavam manter a balança equilibrada entre os ensinamentos bíblicos e pagãos.
Devido a esse crescimento da vida urbana, pode-se considerar esse período como um grande acelerador/incentivador da arte e da ciência. Galileu Galilei conseguiu provar a teoria heliocêntrica, de que o Sol estava no centro do sistema planetário; Gutenberg cria a imprensa e acaba difundindo muito os escritos humanistas; Dante Alighieri escreve A Divina Comédia, Leonardo da Vinci pinta Homem Vitruviano etc.
O Humanismo como Escola Literária
Na literatura, o Humanismo destaca-se pela poesia palaciana, teatro de Gil Vicente e pela historiografia de Fernão Lopes.
Poesia Palaciana:
Tratava dos costumes da corte, era feita por nobres e dentro dos palácios. Normalmente encomendada pela corte ou para agradá-la, tinha espírito comercial e temática pobre. Métrica, rima e ritmo passam a ser mais valorizados, surgem assim, as redondilhas.
Redondilha Menor: Cada verso contém cinco sílabas poéticas.
"Sou bravo, sou forte,
Sou filho do norte,