humanidades e cidadania

Os profissionais de Engenharia tem se deparado com uma controversa realidade de trabalho e vivência, já que se têm perdido a identificação cultural e os valores regionais, gradativamente substituídos pelos interesses econômicos e pelos regimes fundamentalistas. Esta reviravolta de prioridades afeta a todos os envolvidos na criação e desenvolvimento de um Estado neste século. Além disso, com a cada vez maior desigualdade de distribuição econômica no País, mais pessoas são afetadas e mais áreas são bruscamente vinculadas a abandonar suas identidades de povo e voltar-se a interesses de mercado.
As adversidades devem lembrar aos profissionais das áreas de tecnologia que são eles os mais envolvidos nos mais diversos âmbitos dos meios de produção e, portanto devem encabeçar as a resistência a esta conjuntura. Com o avanço e crescimento da importância da tecnologia no mundo os desafios de construção de uma realidade humana e sustentável na engenharia tomam proporções ainda maiores e, portanto fatores como qualidade, produtividade, educação devem estar arraigados aos princípios de um profissional de tecnologia.
Por outro lado, a sensibilidade e a racionalidade não podem abandonar o profissional, que deve ver o mundo a partir de uma realidade ampla e inespecífica. Para auxiliar o país a ter planejamento de pequeno e longo prazo, com novas políticas educacionais, incentivos em pesquisa e tecnologias, políticas de ampliação do parque industrial brasileiro, mudança no modo de ver a realidade econômico-social, exploração consciente das riquezas disponíveis, descentralização dos pólos industriais e tecnológicos para uma melhor distribuição de conhecimento e tecnologias. As fronteiras do desenvolvimento têm sido ampliadas nas mais diversas áreas do conhecimento, seja em proporções astronômicas ou microscópicas. Em contrapartida a essa tendência mundial, o Brasil caracteriza-se como uma ilha de desigualdades, onde há centros de referência, mas em termos de massa populacional