Humanas
1- INTRODUÇÃO O Serviço Social no Brasil se insere como uma especialização para tratar da questão social. Assim, sofre as influências enquanto expressão dos processos de alienação, desigualdade, discriminação e injustiça social presentes nos modos de ser do capitalismo na sociedade brasileira. Nos primórdios da profissão a questão social era vista como questão moral, religiosa, advinda da natureza desajustada dos indivíduos e grupos sociais com os quais mantinha relações profissionais. Uma mudança de visão e das características só foi possível, após o chamado Movimento de Reconceituação.
2 QUESTÃO SOCIAL NUM MUNDO GLOBALIZADO A questão social passa a ter novos significados e características, ganha dimensões global expressas, por exemplo, no aumento do desemprego em todo o mundo, nos crescentes processos migratórios abarcando diferentes países e na assunção, cada vez maior, de processos de trabalho precários e sem garantia de proteção social. Em seus primórdios e até 1950, a profissão de Serviço Social inseria-se na sociedade, basicamente, a partir do tripé; Igreja, sociedade e Estado. Nesse contexto, a questão social era vista como “questão moral”, religiosa ou sob o prisma das classes dominantes, interessada em ajustar e trabalhador e sua família aos processos de industrialização e urbanização numa visão dos problemas sociais. Quando o Serviço Social surgiu no Brasil, na década de 30, registrava-se no País uma intensificação do processo de industrialização e um avanço significativo rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Tornaram-se mais intensas também as relações sociais peculiares ao sistema social capitalista. Essas mudanças no contexto sociopolítico e econômico brasileiro iniciaram com a Revolução de 1930. A referida revolução pode ser considerada como um ponto divisório entre dois períodos distintos da história da sociedade brasileira: a época de vigência do