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1458 palavras 6 páginas
Homoafetividade e evangelização: abrir caminhos

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Pe. Luís Corrêa Lima, S.J.*

O acolhimento pastoral de pessoas homossexuais, recomendado pelo papa Francisco, encontra apoio na leitura crítica da Bíblia, na evolução histórica, nas conclusões das ciências, no ensinamento da Igreja e em iniciativas regionais promovidas pelos bispos. É preciso superar barreiras para viabilizar e fomentar este acolhimento.

*Padre jesuíta, doutor em história e professor da PUC-Rio. Trabalha em pesquisa sobre história da Igreja, modernidade e diversidade sexual. Colabora na Paróquia N. Sra. da Boa Viagem, na Rocinha, e atua no aconselhamento espiritual de pessoas homossexuais.
E-mail: lclima@puc-rio.br

A Igreja Católica vive um tempo de renovação com o papa Francisco. Ele convoca a Igreja a ir às ‘periferias existenciais’: ao encontro dos pobres e dos que sofrem com as diversas formas de injustiças, conflitos e carências. A novidade que Deus traz à nossa vida, diz o papa, é verdadeiramente o que nos realiza e nos dá a verdadeira alegria e serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem. Francisco critica uma Igreja ensimesmada, entrincheirada em estruturas caducas incapazes de acolhimento, e fechada aos novos caminhos que Deus apresenta. A ação do Espírito Santo ergue o nosso olhar para o horizonte, impelindo-nos a estas periferias (Francisco, 2013a).
Um importante sinal dos tempos atuais é a visibilização da população homossexual. No passado, gays, lésbicas e bissexuais viviam no anonimato ou à margem da sociedade. Eles se escondiam em casamentos tradicionais e, quando muito, formavam guetos, protegendo-se em espaços de convivência bastante reservados. Hoje, fazem imensas paradas, estão presentes nas telenovelas, buscam reconhecimento, exigem respeito e reivindicam direitos. Esta população está em toda parte. Com frequência se usa o termo ‘gay’

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