Huehuee

1304 palavras 6 páginas
O poema foi escrito enquanto Golçaves Dias estava em portugal cursando Direito.
O poema pertence ao gênero Lírico, que não conta uma história e sim exprime um estado de ânimo de um “eu”, o “eu” lírico.Os elementos de cenário servem como metáforas desse estado de espírito e tem papel muito mais importante do que cenários onde se desenrola uma história.
O poema começa com o uso de uma epígrafe, prática comum no romantismo, que possui função semelhante à clave musical, servindo para sugerir o tom da interpretação do poema.
O poema começa com a oposição da terra natal do eu lírico como lugar distante (lá) e a terra do exílio. Essa oposição parte de elementos prosaicos e vai num crescendo até atingir a própria vida.
A comparação não se dá entre coisas que existem na terra natal e não no exílio, mas sim entre elementos presentes em ambas as terras, subjetivamente afirmando a superioridade da terra natal.
Forma
O poema possui 3 quadras e 2 sextetos. A forma é simples, e essa simplicidade se reflete também no vocabulário. Mas a simplicidade não é sinal de “pobreza” e sim de grande habilidade no manuseio dos recursos formais do poema.
O poema possui uma “musicalidade” que é dada pelo ritmo e pelas rimas. Rimas são a repetição de alguns sons iguais ou semelhantes, no final ou no interior dos versos. No caso da “Canção do Exílio” as rimas se dão nos versos pares e os ímpares não rimam (embora alguns versos ímapres possuam rima “toante”, que é a rima apenas da sílaba tônica”. A rima comum seria a “soante”).
A repetição sonora é reforçada pela repetição de palavras, o que acaba por ecoar e firmar o aspecto musical do poema. A repetição dos versos acabam por criar um “refrão”, o que soma o aspecto “musical” do poema.
O ritmo, na literatura neolatina, é dado pela sucessão de de sílabas fracas e fortes, ao se dividr as sílabas poéticas (como as sílabas são pronunciadas e contadas até a última sílaba tônica do verso).
No exemplo:
Mi/nha/ te/rra /tem/ pal/mei/ras
On/de/

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