huajaka

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Tal processo também seria um facilitador para que a família tivesse maior compreensão sobre a violência cometida e a dinâmica em que ela se insere e aceitasse com mais segurança a intervenção proposta, a qual implica em medidas de proteção, legais e psicoterapêuticas.
As situações de violência sexual representam atualmente uma parcela significativa das notificações de violência cometidas contra crianças e adolescentes. Os dados indicam que as crianças e adolescentes atingidos são, na maioria das vezes, vitimizados por pessoas conhecidas e, não raro, o abuso ocorre durante um longo período de tempo.

Trata-se de um fenômeno que exige muitos cuidados no diagnóstico e formas de intervenção, que demanda cooperação de diferentes instituições e profissionais, com finalidades, em muitas ocasiões, antagônicas. A sua ocorrência evidencia um crime e as providências legais daí decorrentes nem sempre favorecem questões psicológicas, sociais e de proteção da criança e de sua família. Desta forma, trabalhar com a violência sexual demanda que os profissionais e instituições criem uma rede de atendimento que considere todos os aspectos implicados nesta problemática.

Em nosso município, os dados provenientes dos conselhos tutelares, da delegacia de defesa da mulher e do CRAMI / Programa Sentinela mostram números significativos, como podemos observar no que se segue:

Ano 2001: 37 NOTIFICAÇÕES (Outubro a Dezembro)

Ano 2002: 103 NOTIFICAÇÕES

Ano 2003: 26 NOTIFICAÇÕES (Janeiro e Fevereiro)

Diante desta demanda, a nossa responsabilidade enquanto profissionais é desenvolver cada vez mais melhores formas de intervir frente a este fenômeno, com a expectativa de amenizar as sérias conseqüências que ele provoca no grupo familiar e nas crianças e adolescentes vítimas desta forma de violência, bem como prevenir a ocorrência de novas situações. Por trabalharmos com crianças e adolescentes, ou seja, pessoas estruturalmente dependentes dos adultos, a nossa responsabilidade é

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