Htlv(i e ii) em doadores de sangue
O HTLV I/II é um vírus T-linfotrópicos humanos, que pertence ao gênero Deltaretrovirus, é constituído pelos genes gag, pro, pol e env, além desses genes inclui outros dois genes não estruturais, denominados tax e rex, que estão envolvidos na regulação da síntese e processamento dos RNA virais. Os vírus HTLV I e II são diferenciados com base em diferenças filogenéticas, Trabulsi (2008).
A importância dos HTLVs serem estudos é por haver uma associação com neoplasias e neuropatologias e por ter a capacidade de transformar células T primárias em cultura.
Existem casos de leucemia de linfócitos T adultos que ocorre devido à presença do vírus HTLV-I no organismo, o individuo infectado por esse vírus pode desencadear também paraparesia espástica tropical ou mielopatia associada ao HTLV-I. É necessária a triagem dessa patologia nos bancos de sangue por ela ser assintomática, a maioria dos pacientes só descobre que estão infectados quando doam sangue, Sodré et al. (2010).
Segundo Trabulsi et al. (2008, p. 705) “a transmissão através de sangue ou produtos de sangue só ocorre com produtos envolvem a transfusão de linfócitos íntegros do doador, pois o vírus não é transmitido por fluidos corporais livres de células”.
Devido à preconização do ministério da saúde através da Portaria nº 1376, aonde foi obrigatória a triagem sorologia nos bancos de sangue para HTLV I e II não há registro de doadores infectados em transfusões sanguíneas há 7 anos. Ydy et al. (2009).
O HTLV-I é endêmico no Japão, Caribe, África, América do Sul e ilhas da Melanésia. Estima-se que 15 a 20 milhões de pessoas estão infectadas pelo HTLV-I no mundo. No Brasil, ele está presente em todos os estados onde foi pesquisado, com prevalências variadas.
As formas da infecção do HTLV-I/II incluem transmissão vertical, contato sexual, transfusão de sangue e/ou hemoderivados e uso de drogas injetáveis com compartilhamento de seringas e agulhas. A transmissão por sangue ou hemocomponentes