HPV em detalhes
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus de DNA epiteliatrópico associado ao câncer do colo uterino. Objetivou-se demonstrar a importância do teste de captura híbrida no diagnóstico diferencial dos diversos tipos de HPV, ressaltando a facilidade de uso, rapidez nos resultados, alta sensibilidade e especificidade, além de comprovada correlação clínica. Foi empregada a metodologia analítica e não experimental. Dos 1206 testes de captura híbrida executados no Centro de Medicina Integrada de Sergipe, utilizou-se para análise do trabalho apenas o resultado de 201 pacientes, sendo 160 do sexo feminino e 41 do sexo masculino, com idade variando entre 15 a 72 anos. Ficou demonstrado que o diagnóstico da citologia, negativo ou positivo, às vezes, não coincide com o da captura híbrida. Conquanto o resultado citológico evidenciou o HPV em 36 pacientes, o da captura híbrida descartou a infecção em 45% destes pacientes. O resultado citológico não classificou o tipo de HPV, enquanto a captura híbrida definiu que 8% dos examinados apresentaram risco A, 28% do B e 19% co-infecção. O resultado citológico, considerado negativo para HPV em 12 pacientes, diferiu da técnica de captura híbrida, que detectou o HPV em 58% destes pacientes, classificando-os em 33% para o risco A, 15% para o risco B e 8% para co-infecção. Foram também analisados 112 casos cujo exame citológico não apresentou conclusão para HPV, mas que continha histórico de outro diagnóstico. A técnica de captura híbrida constatou que metade deste último grupo estava contaminada pelos vírus do HPV (56 pacientes), sendo 16% (18 pacientes) com risco A, 19% (21 pacientes) para risco B e 15% (17 pacientes) com co-infecção. Conclui-se que, dada à repercussão que o diagnóstico dessa DST pode trazer para as pacientes, é imperativo quando da positividade dos exames morfológicos, a utilização de testes de captura híbrida para confirmação segura dos resultados.
Palavras chave: papilomavírus (HPV), captura híbrida,