Hotspots da Biodiversidade do Brasil
O Brasil tem posição de destaque mundial. É o país campeão de megadiversidade, tendo maior número de espécies do que qualquer outra nação. Possui também o maior bloco de área verde do planeta, a floresta amazônica. E em seu território o Brasil possui dois Hotspots: a Mata Atlântica e o Cerrado.
Para estabelecer estratégias de conservação dessas áreas, a Conservation International – Brasil e o Ministério do Meio Ambiente colaboraram com o Projeto de Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade dos Biomas Brasileiros. Centenas de especialistas e representantes de várias instituições trabalharam juntos para identificar áreas prioritárias para a conservação do Cerrado (em 1998) e da Mata Atlântica (em 1999).
O Cerrado
A região do Cerrado do Brasil, compreendendo 21% do país é também a mais extensa da América do Sul. Com uma estação de seca pronunciada e constantes queimadas, ele ainda é capaz de suportar e adaptar uma série de espécies de plantas e um número surpreendente de espécies de aves endêmicas.
Grandes mamíferos como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, onça-pintada e o lobo-guará também ainda sobrevivem aqui, mas estão competindo com a rápida expansão da fronteira agrícola do Brasil, que se concentra principalmente na soja e milho. A pecuária é outra grande ameaça para a região, uma vez que produz quase 40 milhões de bovinos por ano.
O Cerrado se espalha 2031990 km ² do planalto central brasileiro. O segundo maior dos biomas mais importantes do Brasil, depois da Amazônia. O Cerrado compõe um mosaico de diferentes tipos de vegetação, incluindo árvores e arbustos, pastagens com árvores dispersas e manchas ocasionais de um seco, fechado dossel chamado de cerradão. Matas de galeria são encontradas em toda a região, embora eles não são tecnicamente considerados parte das formações típicas do Cerrado.
O hotspot recebe chuvas abundantes (entre 1.100 e 1.600 milímetros