Hotelaria hospitalar
INTRODUÇÃO
A sociedade tem presenciado parte expressiva de sua força produtiva de trabalho ser vitimada por novas doenças, ou, por antigas com maior resistência ao tratamento convencional. Os gastos com a saúde já representam hoje uma quantidade considerável dos rendimentos pessoais e investimento público, a despeito dos esforços de prevenção mundiais. Situações inesperadas como acidentes e altos índices de criminalidade, trazem como consequência o aumento inesperado da procura por serviços médicos hospitalares. Tudo isso representa um alto custo social, que a sociedade não tem como se eximir, muito embora se esquive com a precariedade dos serviços oferecidos ao cidadão.
Por outro lado a tecnologia e os recentes avanços na medicina têm proporcionado aos pacientes diagnósticos mais precisos e uma cura mais rápida com menor tempo de hospitalização, ainda que muitos por força do seu quadro médico e gravidade permanecem meses internados. Os serviços de saúde melhoraram sensivelmente no mundo inteiro, especialmente no Brasil. Citando dados concretos, o Atlas do Mercado Brasileiro (2001) cita na página 30 a 33, que em 1980 havia 18.489 estabelecimentos de saúde, sendo que em 1999 chegou a 56.133, um aumento de 204%. Esses números traduzem uma maior preocupação com a saúde se materializando na prevenção e no maior acesso econômico de novas classes sociais à saúde.
Em sentido inverso, o número de leitos em hospitais caiu de 509.168 em 1980 para 484.945 em 1999, um decréscimo de 5%. Embora alguma flutuação estatística seja plausível, o aumento de 204% em estabelecimentos de saúde denota uma maior qualidade de serviços prestados reduzindo a necessidade de internação hospitalar. Esse crescimento se deu em todo o país, estados como a Bahia com uma variação de 134%, Acre com 588%, São Paulo com 182%, e uma variação de até 1080% em Rondônia. Mas que dizer da Hospitalidade praticada nestes hospitais? Que fator desempenha a humanização no