Hospitalidade Urbana

A Hospitalidade Urbana está traçada como sendo uma hospitalidade voltada para os espaços públicos das sociedades, seja de grandes cidades, como também de cidades de menores portes. A hospitalidade urbana está diretamente ligada à qualidade social e aos aspectos de interação social que ocorrem dentro desses espaços. Porém, pensando unicamente no que compõe fisicamente o espaço público, podemos considerar um lugar como hospitaleiro ou não?! Para Ana Pimentel (2007), para um espaço ser considerado como hospitaleiro e/ou acolhedor é necessário apresentar, sobretudo, o favorecimento de encontros e formação de vínculos entre pessoas conhecidas ou não. Com isso, podemos ter dois olhares, o de quem chega e o de quem já vive nesse espaço. Os espaços públicos devem ser locais agradáveis e de uso coletivo, devem ser democráticos e respeitosos para garantir um bom convívio de quem o frequenta.
Para Grinover (2006), uma cidade pode ou não ser hospitaleira quando nos atentamos a essas três dimensões: Acessibilidade, Legibilidade e Indentidade. A acessibilidade associada ao acesso mesmo, a como esse espaço se mostra aberto a te receber, coletiva ou individualmente, porém sempre levando em consideração a forma de acesso, como instalações, equipamentos e serviços oferecidos na cidade. Identidade trazendo a ideia de pertencimento, de fazer parte do espaço, de se sentir bem e acolhido no ambiente da cidade sendo algo formado ao longo do tempo. E legibilidade é a maneira como a cidade é lida visualmente, uma leitura visual de como a cidade é conhecida ou vista por quem nela interage. Ainda Para Grinover (2002, p. 35) a cidade “torna-se mais hospitaleira na medida em que o usuário a lê com mais facilidade, e seus elementos constitutivos são percebidos e interpretados sem grandes esforços”.
Por fim, a hospitalidade urbana é tida como todo e qualquer espaço da cidade que seja de uso público e democrático, e que possa possibilidade a interação entre conhecidos ou não. Este espaço deve