Hortaliças minimamente processadas
Geni Satiko Sato2 1 - INTRODUÇÃO12 O processamento mínimo de frutas e hortaliças no Brasil é ainda recente, mas apresenta-se como um nicho de mercado em crescimento e consolidação para um perfil específico de consumidor. É um produto com maior valor agregado quando comparado a frutas e hortaliças compradas in natura. Apresenta ainda vantagens para o consumidor, como a conveniência e 100% de aproveitamento do produto adquirido. Muitos sinônimos são utilizados para os produtos minimamente processados, tais como: fresh cut, levemente processados, parcialmente processados, pré-processados, pré-preparados, convenientes e produtos com valor agregado (RODRIGUES; ALVES; MALUF,1999). A emergência do mercado para esses produtos deveu-se a diversos fatores, como o acesso cada vez maior das mulheres ao mercado de trabalho, a necessidade de conveniência pela falta de tempo dos consumidores e o aumento da renda real dos trabalhadores com a estabilização da inflação. Esse novo formato de comercializar frutas, legumes e folhas (ou hortaliças) já está bastante difundido no países desenvolvidos. No Brasil, as redes de supermercados já vêm alocando algum espaço nas prateleiras para esses produtos. Acredita-se que a principal resistência à compra deles seja o preço relativamente superior ao produto in natura. São encontradas hortaliças folhosas higienizadas e embaladas; legumes limpos e cortados em embalagens de pratos de isopor, cobertos com filmes plásticos e frutas fatiadas, descascadas e embaladas (PEREIRA, 2002). Todos esses produtos são mantidos em ambiente frio para maior conservação, juntamen1
te com os produtos in natura convencionais no espaço hortifrutis dos supermercados. Atuam nesse mercado produtores agrícolas que produzem hortaliças e verticalizam-se para agregar valor ao produto, e também a agroindústria que processa a matéria-prima adquirida de outros produtores ou