Hora de brincar
Que tal dar um giro pela história e saber como eram as brincadeiras de antigamente?
Brincar é muito bom. Concorda? Pois não é só você que acha isso. Todo mundo já foi criança um dia e, provavelmente, brincou muito! Acontece que no passado não havia tantos brinquedos à venda nas lojas. O que será que meninos e meninas faziam para se divertir? Nossa viagem pelo mundo das brincadeiras começa no início do século 20. Ruas de chão, pouca iluminação, muitos terrenos baldios. O cenário parece sinistro? Que nada! Continha diversão a valer! Por volta de 1920 e 1930, as crianças adoravam, por exemplo, brincar na rua, principalmente de assustar os outros. Os meninos eram os donos das cenas de terror. “Eles pegavam um mamão verde, tiravam a polpa, faziam olhos, boca e colocavam uma vela acesa dentro. Então, corriam para cima da gente”, conta Lunéa Lopes, que nasceu no Rio de Janeiro em 1925. Entre 1940 e 1950, as brincadeiras de rua continuavam: roda, corda e outras faziam a alegria da garotada. “A mais pedida era o ‘pau-pique’ ou ‘31 de janeiro’. A diversão era assim: todas as crianças faziam uma grande roda e, no meio, posicionavam um pedaço de pau. De mãos dadas elas contavam de 1º até 31 de janeiro e todas corriam para o centro da roda. Quem pegasse o pau primeiro era o vencedor”, diz Catharina de Abreu, que nasceu em 1937, na cidade de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro.
No final de 1950 e início dos anos 1960, as indústrias começaram as crescer no Brasil e os brinquedos eram mais facilmente encontrados: bolas, bonecas, carrinhos de plásticos e movidos à pilha tornaram-se comuns. “A boneca Susi, até hoje encontrada nas lojas, chegou ao Brasil em 1962, e a Barbie, logo depois, em 1963”, explica Cristina Von, autora do livro A história do brinquedo, da Editora Alegro. Mesmo com a industrialização dos brinquedos, meninos e meninas ainda se divertiam com brincadeiras bem tradicionais. A “cama-de-gato”, por exemplo, era um passatempo