homossexualismo na literatura
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O termo homossexualidade só foi cunhado pela primeira vez em 1869, na Prússia, mas desde o começo da civilização - no Antigo Egito, há 5 mil anos, o amor entre pessoas do mesmo sexo vem sendo tema de incontáveis obras literárias - a despeito de ser tratado como crime e punido com a pena de morte. Apesar do "complô do silêncio" contra o "amor que não ousava dizer o nome" - expressão atribuída a Lord Douglas, o guapo amante de Oscar Wilde - sobretudo a partir do Século das Luzes, autores gays, lésbicas ou simpatizantes ousaram relatar em seus romances, as diversas facetas do homoerotismo, quebrando tabus e abrindo espaço para o surgimento, nos finais do Século XIX, do movimento de defesa dos direitos dos homossexuais. Oscar Wilde, Proust, Gide, Abel Botelho, Adolfo Caminha são alguns destes precursores que abriram caminho para uma geração mais engajada na defesa de temas e personagens homossexuais: Baldwin, Genet , Loti, Wolf, entre outros; escritores clássicos cuja temática contribuiu para a caracterização de uma identidade que reivindica o lugar da diferença e, por isto mesmo, não abre mão do desejo e da linguagem. Observasse que essas obras assumiriam uma importância política, para além da estética.
O tema homossexualismo teve inicio no período do Realismo,pois ele era motivado pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade.Não bastava mostra a face sonhadora e idealizada da vida como fizeram os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos.
Por outro lado, o naturalismo apresenta romances experimentais preocupados em formular regras, em conseqüência de seu caráter cientificista. A influência de Darwin se faz sentir na máxima naturalista, que enfatiza a natureza animal do homem (portanto, no embate instinto versus razão, o homem,