Homossexualidade e educação
GRUPO DE TRABALHO
Sexualidades, Corporalidades e Transgressões
SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO: O papel da escola na produção/reprodução da identidade sexual.
Adriano de Sousa Barros1 Maria de Socorro Lima Oliveira2 Cleoneide Moura do Nascimento3
Mestre em Sociologia, Coordenador da Escola Técnica Redentorista, professor UNESC Faculdades. E-mail: adriano_sbarros@yahoo.com.br. 2 Doutoranda em Ciências Sociais – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 3 Doutoranda em Sociologia – Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
1
RESUMO
Em oposição à medicina moderna, que normatiza a sexualidade humana em defesa do modelo heterossexual, as Ciências Sociais a coloca como objeto da cultura, relacionando-a com as identidades dos sujeitos. Essa “desnaturalização” voltando-se ao gênero permite discutir as manifestações das identidades sexuais política, social e cultural – tornado possível uma crítica ao binarismo heterossexual/homossexual e sua inerente desigualdade. A escola como instituição normatizadora e produtora/reprodutora de um poder/saber sobre os corpos pratica uma pedagogia da sexualidade, sem problematizar a identidade sexual enquanto categoria em movimento. A homossexualidade acaba vítima desse processo de representações que busca suas causas psicossomáticas e patológicas, sem pensála como parte integrante da identidade ou como uma orientação sexual possível. O presente texto visa, portanto, problematizar teoricamente a influência da escola na construção da identidade sexual, homossexual, a partir de uma reflexão em torno dos sistemas simbólicos de representação construídos e disseminados por esta instituição.
Palavras-chave: Identidade sexual, Educação, Homossexualidade.
1. INTRODUÇÃO
A medicina moderna, por meio de seu discurso racionalista nomeia, tipifica e classifica via padrão normativo, as manifestações da sexualidade, o que acaba