Homossexualidade no Brasil
Desde a colonização do Brasil relata-se entre os índios que aqui viviam a homossexualidade. Segundo Mott, em 1551 o jesuíta Pero Correia escreve “O pecado contra a natureza cá na terra do Brasil, de maneira que há muitas mulheres que assim nas armas como em todas as outras coisas, seguem oficio de homens e tem outras mulheres com que são casadas. A maior injúria que lhes podem fazer é chamá-las mulheres.”
Até 1991 a Organização Mundial da Saúde classificava a homossexualidade como doença. (Lima, 2006, p.3)
Sobre a história das lésbicas no Brasil conta-se com uma insuficiência de disponibilidade de fontes de informação que confirmam as relações amorosas e sexuais entre mulheres, pois essas sempre foram ignoradas pela sociedade que era extremamente machista. Foram poucas as informações conseguidas no levantamento bibliográfico, mas com elas é possível ser feita uma base dessa história de lutas para a amenização do preconceito e além de tudo para a ruptura do machismo.
É registrado que no final do século XIX ao inicio do século XX começaram os aparecimentos do público lésbico na Alemanha, EUA e Grã- Bretanha. Em 1970 iniciasse as primeiras iniciativas de organização lésbica aqui no Brasil filiando-se a grupos mistos. Mas em 1979 é criado subgrupos com reuniões exclusivamente para mulheres. O primeiro desses subgrupos foi denominado de Lésbico-Feministas (LF) que se separou, definitivamente tornou-se um grupo de lésbicas independentes. (Costa e Soares, 2011)
O LF chegou ao fim pelo desgaste de suas integrantes e em 1981 criaram o GALF – Grupo de Ação Lésbica Feminista, mas o fato é que elas vinham com uma perspectiva de bater papo, fazer amizades, arrumar namoradas e etc.(...) No fim das contas, quem queria trabalhar não podia fazê-lo direito, em razão do clima de festa, e quem estava em festa não podia mantê-la porque a reunião era de trabalho.” (Martinho, 2006)
Na década de 1990, se desenha outro cenário para o