homossexualidade de religiao
6022010
INTRODUÇÃO
A homossexualidade caracteriza-se pela atração sexual e afetiva por pessoas do mesmo sexo. Essa denominação é uma oposição a heterossexualidade ou a atração sexual e afetiva por pessoas do sexo oposto. A partir das últimas décadas do século XX, tornou-se comum o uso do termo gay para denominar homens e mulheres homossexuais. Há, porém, o uso do termo lesbianismo ao referenciar a homossexualidade feminina, termo derivado da palavra Lesbos, ilha grega onde o amor entre mulheres era celebrado pela poetisa Safo.
A pós-modernidade é marcada por constantes discursos que priorizam a individualidade do sujeito e qualificam suas ações como produtos da subjetividade de uma auto-identificação cultural e social. Entretanto, ainda é possível perceber que as estruturas políticas, organizadas socialmente, tendem a controlar e a conduzir os indivíduos, através da elaboração de “práticas sociais baseadas na heteronormatividade” constituídas “em processos capazes da construção de subordinação de outras práticas sexuais e sociais” (PRADO, 2008, p. 13).
Nesse contexto, a homossexualidade é entendida como uma transgressão à “normalidade”, e os sujeitos transgressores passam a ser marcados como “diferentes e desviantes” (LOURO, 2004, p. 87). Esse “novo” sujeito é estigmatizado pela sociedade, que o vê como alguém passível de cura, de salvação e de re-educação. Nessa lógica, os gays e as lésbicas reconhecem a obrigatoriedade de manterem-se escondidas em um “armário”; assunto que requer novas discussões, pois, como bem pontuou Guacira L. Louro: “Reconhecer-se nessa identidade é questão pessoal e política. O dilema entre ‘assumir-se’ ou ‘permanecer enrustido’ (no armário – closet) passa a ser considerado um divisor fundamental e um elemento indispensável para a comunidade” (LOURO, 2004, p. 32).
Prevalecendo-se da “autoridade divina”, as religiões exercem grande impacto na elaboração de princípios “morais” nas