Homofobia - agressão e violência
Violências dos mais variados tipos contra a população LGBT estão presentes nas diversas esferas de convívio social e constituição de identidades dos indivíduos. Suas ramificações se fazem notar no universo familiar, nas escolas, nos ambientes de trabalho, nas forças armadas, na justiça, na polícia, em diversas esferas do poder público – onde se manifesta a homofobia institucional.
Discriminações são violências cometidas contra indivíduos por motivos os mais diversos. A discriminação traz consigo um forte componente o qual Bourdieu
(1989) conceituou como violência simbólica, ou seja, “a violência que se exerce também pelo poder das palavras que negam, oprimem ou destroem psicologicamente o outro” (ZALUAR & LEAL, 2001).
Nesse sentido, é notável o poder do preconceito sofrido, de influência não apenas na conformação das identidades individuais, mas também no delineamento de possibilidades de existência e trajetória de vida da população LGBT na sociedade brasileira.
Vale também sublinhar que a violência homofóbica é cometida contra os indivíduos cuja orientação e/ ou identidade de gênero presumidas não se conformam à Heteronormatividade.
Outro crime recorrente é o de grupos que atacam pessoas porque “pareciam ser homossexuais”. Esse é outro exemplo de como ainda é precária a compreensão de que todos fazem parte de uma mesma humanidade e, portanto, todos têm direitos. No caso, supõe-se que alguém com uma orientação sexual diferente não teria direito à vida
(SCHILLING, 2009, p. 12).
Um estudo feito pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que esse comportamento pode ser despertado por uma espécie de autodefesa. “Essa agressividade pode ser uma resposta a uma sensação de incômodo, insegurança ou ansiedade desencadeada pelo tabu da homossexualidade”, explica Cristina Lasaitis, pesquisadora que coordenou o estudo Aspectos Afetivos e Cognitivos da Homofobia no