Homo volens
(homem de vontade, liberdade e amor). Distingui-se o homem do animal irracional na sua percepção, pois no homem existe certamente um apetite sensitivo, um conhecimento intelectivo, universal, abstrato. Ele sabe o que é o pão, a carne, o vinho e tem inclinações relativas a esses objetos, mas também conhece a glória, a virtude, a bondade, a coragem, a felicidade, e por isso além de apetite sensitivo é dotado também e especificamente de apetite intelectivo o qual denominamos “vontade”.
VONTADE
O estudo da vontade nos fez constatar que ela caracteriza o homem essencialmente: o homem é decididamente um Homo Volens. Ele se distingue dos outros seres, sobretudo porque é dotado de vontade. São-lhe tributados elogios e infligidos castigos porque as suas ações são guiadas e determinadas pelo seu querer. O homem de vontade é aquele homem decidido, livre e de caráter. Essas expressões são usadas para designar um ideal de homem. Não podemos dizer que o homem é só somaticidade, só vida, só inteligência; ele é muito mais do que ele mesmo pensa de si. Ele está além. É homem dotado de vontade.
Com todo conhecimento que temos do homem é ainda muito pouco para dizermos quem é o ele em sua essência. A nossa vontade não está nunca contente com o que realizou ou adquiriu. Existe nela um impulso potente para autronscender-se que não se aplaca nunca. Continua a escolher e a descartar, a fazer e a abandonar. Dilatar-se sobre todas as coisas e sobre todos os projetos realizados, com uma soberania ilimitada. A filosofia grega nos ofereceu grandes auxilio para o problema porque acreditava que todas as coisas estavam sujeitas ao destino, aos deuses, e porque o homem é escravo da engrenagem da história, concebida como um movimento cíclico em que tudo se repete periodicamente.
LIBERDADE O homem livre é aquele que é semelhante ao vento, não se prende e nem se deixa prender. Mesmo preso, se seu espírito é livre e sua mente desperta, as