Homens, mulheres e o mercado de trabalho
A grande inserção de mulheres no mercado de trabalho, é uma característica dos dias de hoje que mais causam disparidade em relação à tempos passados não muito distantes. Aspectos fisiológicos, e principalmente culturais, retardaram a entrada dessas mulheres nos postos de trabalho. O chão de fábrica é um exemplo de um lugar de trabalho onde jamais se encontravam mulheres, hoje o quadro é diferente. Na linha de montagem de caminhões da Ford, por exemplo, há dez anos atrás não havia uma mulher sequer, hoje, elas ocupam uma parcela de 15 % dos funcionários que ocupam esse setor. Fatores fisiológicos que explicariam essa precariedade de mão-de-obra feminina nos chãos de fábrica seriam principalmente a gravidez, que exige que a mulher tire licença o que não é interessante para as empresas, e até também a fragilidade a qual a mulher é historicamente associada. Mas o fator principal que explica essa linha do tempo nas linhas de montagens de caminhões da Ford, é o fator cultural. Historicamente, a mulher foi sempre associada à responsabilidade de cuidar da casa, dos filhos, e de todos os afazeres domésticos. Essa associação equivocada foi uma grande barreira para a inserção das mulheres no mercado. As diferenças salariais entre homens e mulheres inclusive, sempre foram expressivas, hoje essa diferença é muito menor. Num setor como essa linha de montagem de veículos, ainda há essa diferença salarial, mas pesquisas atuais apontam que as causas não são um preconceito sócio-cultural, mas sim a maior experiência da mão-de-obra masculina no setor, e caso os currículos sejam equivalentes a diferença não existe. O fato é que as barreiras impostas às mulheres para a inserção em trabalhos como chão de fábrica, hoje são praticamente inexistentes, e apesar das necessidades fisiológicas que os homens não tem, as mulheres já ocupam cargos de importância, muitas vezes mais expressivamente que os