Homem e sociedade
Assim, a motricidade supõe o desenvolvimento das estruturas componentes do sistema nervoso central; mantém a regulação, a execução e a integração do comportamento; traduz a apropriação da cultura e da experiência humana, conferindo dessa forma, como intencionalidade operante – o homem enquanto portador do sentido – especial relevo ao projeto – o ser não só de razão, mas também possuidor de imaginação – à vontade e criação do controle que anima qualquer indivíduo.
A motricidade, como vocação e provocação, em certo sentido, ao mesmo tempo, o ser e o ter do desenvolvimento: o ser porque se supõe que quem se movimenta intencionalmente, procura ser mais, e o ter, porque significa ter em mim, poder utilizar-me ou servir-me de, sendo assim, está ela, a motricidade, a garantir o dinamismo revelador e comunicativo da conquista do mais-ser, da criação de sentido.
À Educação Física falta, contudo, os enunciados básicos que permitem o surgimento de uma ciência, e qualquer concepção integral há de ter em conta o critério da demarcação, e, como pedagogia que é, não apresenta também não um autêntico estatuto científico – seu estatuto científico autônomo. Por isso, ela tem vivido, analogicamente, das disciplinas