Homem Natureza
Esta crise civilizacional na qual o país se encontra pode ver-se expressa pela baixa qualidade de vida urbana, na destruição e descaracterização do patrimônio edificado e urbanístico das cidades e principalmente pela falta de sustentabilidade ecológica nos processos decorrentes das ações urbanas implementadas, com uma crescente agressão ambiental na relação entre os espaços construídos e naturais existentes.
O presente artigo objetiva delinear parâmetros de sustentabilidade ecológicos na recuperação, manutenção e restauração de edifícios,utilizando-se de procedimentos técnicos e materiais que contribuam para minimizar o impacto ambiental do meio construído sobre o sítio arquitetônico local; podendo auxiliar na sustentabilidade e recuperação ecológica do meio ambiente citadino.
“O homem constrói para criar espaços onde determinadas necessidades possam ser satisfeitas, certas funções cumpridas, e determinadas atividades domésticas, sociais, econômicas, etc., realizadas ao abrigo das ações do meio ambiente” (ROSSO, 1980). A partir do momento que estas construções tornam-se obsoletas e não mais possam satisfazer a estas necessidades de forma eficaz, são subutilizadas ou simplesmente não utilizadas, ficando a mercê da deterioração do tempo e do vandalismo depredatório que é inerente aos grandes centros urbanos. Segundo a Caixa Econômica Federal somente na cidade de São Paulo pode-se encontrar 400.000 edifícios desocupados, que em sua maioria localizam-se em pontos geográficos estratégicos, ocupando um valioso sítio arquitetônico que contribui para impelir o